Centrada na
ideia de que a cada dia todos “morremos um pouco”, a performance DIE A LITTLE,
pretende, como um “memento mori”, metaforizar “pequenas mortes”[1].
É um convite, como o seu título sugere.
Numa praça um
grupo de performers dilui-se na
população que habitualmente a frequenta. Independentemente do lugar onde de se
encontram, ou da actividade que realizavam, os performers caem e jazem no chão. 60 segundos depois, todos se
levantam e retomam as suas actividades anteriores, como se o momento de queda e
posterior regresso à normalidade, não representasse um acto relevante.
Procura-se que o acto de cair e levantar não seja dramatizado ou excessivo, mas
antes um simples apontamento de movimentos delicados.
[1] Todos os dias morremos um pouco. Mortes celulares
acontecem a cada segundo, a perda de memórias antigas acontece a cada dia, o
distanciamento em relacionamentos afasta-nos de entes queridos, e pequenas
alterações na nossa personalidade que se vão somando aos poucos, acabam
inevitavelmente por nos transformar. As sucessivas transformações que sofremos
“matam-nos” porque nos reinventam, nos tornam numa outra coisa, e nenhuma
dessas “mortes” é reversível. Todas elas nos alteram, vagarosamente, dando-nos
sinais da aproximação de uma morte final.
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