5.06.2014

Chiado da Dramaturgia e da Performance - Arte na Esfera Pública










Centrada na ideia de que a cada dia todos “morremos um pouco”, a performance DIE A LITTLE, pretende, como um “memento mori”, metaforizar “pequenas mortes”[1]. É um convite, como o seu título sugere.

Numa praça um grupo de performers dilui-se na população que habitualmente a frequenta. Independentemente do lugar onde de se encontram, ou da actividade que realizavam, os performers caem e jazem no chão. 60 segundos depois, todos se levantam e retomam as suas actividades anteriores, como se o momento de queda e posterior regresso à normalidade, não representasse um acto relevante. Procura-se que o acto de cair e levantar não seja dramatizado ou excessivo, mas antes um simples apontamento de movimentos delicados.




[1] Todos os dias morremos um pouco. Mortes celulares acontecem a cada segundo, a perda de memórias antigas acontece a cada dia, o distanciamento em relacionamentos afasta-nos de entes queridos, e pequenas alterações na nossa personalidade que se vão somando aos poucos, acabam inevitavelmente por nos transformar. As sucessivas transformações que sofremos “matam-nos” porque nos reinventam, nos tornam numa outra coisa, e nenhuma dessas “mortes” é reversível. Todas elas nos alteram, vagarosamente, dando-nos sinais da aproximação de uma morte final.





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